O AMOR É O MOTOR DE TODO ESFORÇO ECUMÊNICO
“A história da Reforma, cujos quinhentos anos se comemoram este ano, é marcada não somente pela redescoberta do Evangelho da graça gratuita de Deus, mas também por divisões dolorosas”,
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2017, que no hemisfério norte é celebrada de 18 a 25 de janeiro, foi evocado os 500 anos da Reforma protestante, iniciada pelo padre agostiniano alemão Martinho Lutero. No Hemisfério Sul, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada entre Ascensão e Pentecostes.
O cardeal Koch recordou um trecho da declaração conjunta, assinada pelo Papa Francisco e pelo Presidente da Federação Luterana Mundial, o Bispo Munib Yunan, em Lund, na Suécia, em 31 de outubro de 2016: “Ao mesmo tempo que estamos profundamente gratos pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da Reforma, também confessamos e lamentamos diante de Cristo que luteranos e católicos tenham ferido a unidade visível da Igreja.”
“O arrependimento e a purificação da memória histórica devem se realizar sob o signo da reconciliação, reconciliação que nasce somente da iniciativa de Deus e que representa o dom que o Senhor faz aos homens e a todo o universo”, prosseguiu o Cardeal Koch.
“Ao reconciliar-nos com Deus em Cristo, devemos anunciar a reconciliação de Deus, devemos nos comprometer com a promoção da reconciliação entre os cristãos e nos deixar impelir pelo amor de Cristo”, frisou ainda o cardeal.
“O amor é o motor de todo esforço ecumênico”, concluiu o Cardeal Koch, agradecendo ao Papa Francisco por ter colocado “o compromisso ecumênico para a reconstituição da unidade dos cristãos” entre as “prioridades pastorais” de seu pontificado: “O verdadeiro amor não cancela as diferenças legítimas entre as Igrejas cristãs, mas as conduz unidas e reconciliadas a uma unidade mais profunda” (1).
Relações Baseadas no Amor
No ecumenismo o diálogo “requer a confiança e a capacidade de olhar para o outro através do prisma da fé” e impõe a renúncia “a toda forma de suspeita e de competição”. Recordou que o diálogo ecumênico “demanda uma maior abertura às exigências do mundo de hoje”, evocando, em particular, o esforço conjunto “para a solução dos conflitos e para a construção das relações baseadas no amor e no reconhecimento da igual dignidade de todos os filhos de Deus”, afirmou o prefeito do dicastério para o Serviço do desenvolvimento humano integral, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson (2).
Para Uma Profunda Reflexão
Um autêntico diálogo é subjacente a “toda relação interpessoal e favorece a “cultura do encontro” uma Igreja em saída que vai no fundamento do amor da qual o Pontífice tanto fala”. A capacidade de dialogar é atitude de graça que se carrega no coração numa busca de plena comunhão, ou seja, pelo amor de Deus como filhos estamos em concreta comunhão. O amor uni, reconcilia, congrega e nos salva. O verdadeiro relacionamento com Deus é autêntico com o próximo na conexão da unidade evangélica.
Nosso Senhor Jesus Cristo centraliza todo seu ensino na prática do amor. Sua doutrina é radical no fator: união, comunhão, reconciliação, tolerância e liberdade. É escandaloso, é contra testemunho e traição causar cismas, viver separados e ser intolerante aos ensinos de Jesus de Nazaré. É só no amor que progrida o ecumenismo e a real comunhão ortodoxa. Pelo amor de Deus somos construtores de pontes, instrumentos de paz e missionários da Boa Nova de comunhão. Não há dúvida, o futuro é ecumênico com suas gloriosas realizações eclesiais e sociais.
Frei Inácio José do Vale
Notas:
(1)https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/159dc6aa93991b58
(2) https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/159e16523b59f404
Nenhum comentário:
Postar um comentário