sábado, 16 de dezembro de 2023

MENTIR, ROUBAR...

 

MENTIR, ROUBAR, FRAUDAR E MANIPULAR.


A história está repleta de episódios distorcidos ou manipulados por grandes líderes políticos e alguns desses casos são analisados pela pesquisadora canadense Margaret Macmillan em seu livro “Usos e Abusos da História”. Escreve ela: “Devemos ser cuidadosos com afirmações em nome da história ou daqueles que dizem ter descoberto a verdade definitiva”, p. 208.


Pelo poder, pelo dinheiro, pelo sexo e pela beleza se faz de tudo. O preço pode ser pago com a própria vida.


A indústria da mentalidade boçal cresce e ainda vai crescer de forma colossal. Manipular, condicionar, escravizar e dominar total o ser humano para idolatria do consumismo. A meta é induzir e conduzir pela via virtual, parcial, superficial, infernal até o controle absoluto de “ser marionete”.


Mentir, enganar, fraudar e corromper é o projeto da elite dominante, ou seja, os senhores do poder. As principais vítimas são os jovens. Daí, o nosso arrojado trabalho em prol da revelação da verdade social e da conscientização juvenil.


Mostrar as armadilhas mortais da sociedade e o feliz sentido da vida a partir do Evangelho libertador de Cristo e do projeto do Reino de Deus.


Denunciar nos vários seguimentos sociais o esquema do sistema capitalista e da cultura de morte.


NA INDÚSTRIA DA BELEZA


DOENÇA DA BOA FORMA. A eterna promessa de emagrecimento rápido e fácil leva brasileiros a tomarem hormônios da tireoide mesmo sem apresentar problema na glândula responsável por várias funções do corpo, desde a temperatura interna até a produção de glóbulos vermelhos. O presidente do Conselho Regional de Educação Física do Rio, André Fernandes, identifica inclusive uma nova moda no consumo da substância nas academias de ginástica, sucessora da onda de uso do estimulante Jack 3D – com venda proibida pela Agência nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde o ano passado. O hormônio sintetizado, quando ingerido indiscriminadamente, provoca perda de massa muscular e, como última consequência, pode causar morte por parada cardíaca.


Seja pelo uso correto por pacientes com hipotireoidismo – quando a tireóide tem produção insuficiente de hormônio –, ou pelo uso sem prescrição, o Puran T4 (levotiroxina sódica), que contém a forma sintética do hormônio T4, aparece em segundo na lista de remédios mais vendidos no Brasil no ano passado. No ranking, o medicamento divide espaço com produtos de amplo uso, como anticoncepcionais e um descongestionante nasal, informa a IMS Health, consultora especializada na área de saúde.


Condenado por sociedades médicas e pelas próprias farmacêuticas, o uso de formas sintéticas de hormônios da tireóide para emagrecimento já teve prescrição no passado, há pelo menos duas décadas, quando drogas mais modernas ainda não existiam, explica a endocrinologista Maria Edna de Melo, diretora da Associação Brasileira para o estudo da obesidade:


– Eram as chamadas “associações magistrais”, que continham diuréticos, laxantes e hormônios tireoidianos. O problema é que, para emagrecer, a dose de hormônio tem que ser grande, praticamente uma intoxicação. (O Globo – Saúde, 20/01/2013, p. 51).

Modelo Morre em Cirurgia Para Implante de Silicone


Uma modelo de 24 anos morreu durante um implante de silicone numa clínica de Goiânia, em Goiás. Louanna Adrielle de Castro Silva, Miss Jataí Turismo de 2012, sofreu uma parada cardíaca no Hospital Buriti.


Como o local não tem UTI (Unidade de Terapia Intensiva), ela foi transferida cerca de uma hora depois para o Hospital Monte Sinai, onde teve nova parada e não resistiu.


Segundo o marido, Giuliano Cabral, 35, Louanna sonhava em fazer cirurgia. “Há mais de um ano ela vinha juntando um dinheirinho”, diz. O procedimento custou seis parcelas de R$ 500.


A família diz que relatório apresentado pelo Monte Sinai ao IML aponta Louanna como “paciente com histórico de uso de cocaína”. “Ela não tomava nem cerveja”, contesta Cabral. (Folha de S. Paulo, 04/12/2012, p. C5).


NA INDÚSTRIA DO ENTRETENIMENTO


“Armas criadas para a guerra não podem ter lugar em salas de cinema”.


BARACK OBAMA

PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS


O ator e diretor Robert Redford acaba de se juntar às vozes críticas a um possível excesso de armas – e, como conseqüência, violência – no cinema. Ao abrir o Festival de Sundance, uma mostra criada por ele próprio em 1978 e realizada anualmente em Salt Lake City, Utah, Redford politizou o que deveria ser apenas uma festa cinematográfica, ao sugerir que o cinema pode, sim, contribuir para a obsessão americana por armas. “Minha indústria acha que armas vendem filmes? Acredito que é uma pergunta que vale a pena ser feita”, disse o artista.


Redford foi apenas um dos últimos a tratar do assunto. Mas instituições americanas começaram a fazer estudos procurando conexões entre a arte e a realidade. O Media Research Center, um centro da Filadélfia que analisa relações de mídia e entretenimento nos EUA, divulgou um estudo em que contabilizou 185 vítimas em apenas cinco filmes líderes de bilheteria nos EUA neste início de 2012: “Django livre”, “Os miseráveis”, “A hora mais escura”, “Caça aos gângsteres” e “Inatividade paranormal”, sendo que os três primeiros foram indicados ao Oscar de melhor filme. (O Globo-Segundo Caderno, 20/01/2013, p. 8).


“Os seus chefes são como lobos que despedaçam a presa, derramando sangue e destruindo vidas, a fim de obterem lucro” (Ez 22, 27).


NO ESPORTE E NA POLÍTICA


Assim como José Dirceu e outros mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, o americano Lance Armstrong, maior ciclista de todos os tempos movido a doping, também tem sua empedernida legião de fiéis. Essa tropa de choque renitente é movida a saudosismo, lealdade, manipulação e, sobretudo, interesses. Sempre que provas ou indícios, denúncias ou acusações adquirem volume avassalador ou irrefutável, ela encontra refúgio na afirmação de que se trata do linchamento público de um herói. Ou, à falta de outro argumento, de que “todo mundo faz a mesma coisa”. A dimensão da idolatria ao atleta nascido no Texas, mesmo fora da esfera do esporte, explica a facilidade com que essa tropa de fiéis sempre desqualificou qualquer denúncia, escreve a Jornalista Dorrit Harazim. (O Globo, 20/01/2013, p.2).


“A principal causa da perda de credibilidade do Senado é conseqüência de nosso comportamento e nossa ineficiência” CRISTOVAM BUARQUE. Senador (PDT-DF), em manifesto.


“O Bolsa Família é como remédio que baixa a febre, mas não cura. O antibiótico contra a pobreza não é a transferência de renda, mas a educação” FLÁVIO COMIM, Consultor da Unesco no Brasil (O Globo, 20/01/2013, p. 2).

“Hugo Chávez sabe muito bem manipular os sentimentos e as carências do povo. Se converteu em um ser mítico, quase religioso”, diz a Juíza Blanca Rosa Mármol de Leon que integrou o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela. (Veja, 23/01/2013, p. 17).


NA CIÊNCIA

Poucas palavras são mais temidas pelos cientistas do que o termo inglês “retracted”. Ele designa artigos que, por erro ou desvio ético nas pesquisas, foram eliminados da literatura científica.


Um trio de pesquisadores liderado por Arturo Casadevall, da Faculdade de Medicina Albert Einstein (EUA), acaba de mostrar que a proporção desses artigos “despublicados” por fraude cresceu dez vezes de 1975 para cá. O estudo está na revista cientifica americana “PNAS”.


Analisando publicações de ciências biomédicas na base PubMed, eles viram que quase metade dos 2.047 artigos que sofreram “retratação” desde 1975 envolviam fraude ou suspeita de fraude – coisas como inventar dados e manipular experimentos.


Há duas classes bem distintas de má conduta cientifica. De um lado, artigos fraudulentos têm origem em países com tradição de pesquisa, como EUA, Alemanha e Japão, e estão associados a periódicos de mais prestígio. No caso dos artigos “retratados” por plágio ou dupla publicação, China e Índia aparecem com destaque, e tais artigos costumam estar em revistas de baixo impacto.


O Dr. Marc Hauser foi obrigado a renunciar a seu cargo na Universidade Harvard por ter falsificado dados em pesquisas que teriam mostrado a capacidade de macacos de reconhecer regras semelhantes à gramática (Folha de S. Paulo, 02/10/2012, p. C7).


NA ECONOMIA

EXTREMA DESIGUALDADE ECONÔMICA. Em 2005, quase 30% da renda anual britânica “ficou com os 5% das pessoas mais bem remuneradas”, disse uma reportagem da revistaTime. Nos EUA, essa proporção “passou de 33% em relação aos 5% das pessoas mais bem remuneradas, disse a mesma revista. No mundo todo, cerca de 1,4 bilhão de pessoas vive com 1,25 dólar ou menos por dia, e 25 mil crianças morrem diariamente por causa da pobreza.


O prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz afirma: “O preço da desigualdade não é o mercado que está criando desigualdade, mas políticos e governos que modelam o mercado para favorecer os ricos. Muitas das desigualdades extremas são criadas por leis ineficazes, que têm um grande papel na criação da desigualdade. O que vemos é uma série de políticas que tem ajudado os que estão no topo, mas ferido a base da pirâmide” (O Globo-Economia. 26/01/2013, p.27).


Frei Inácio José do Vale

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