quarta-feira, 18 de outubro de 2023

JOVENS EM RISCO

JOVENS EM RISCO


Disse o Para Francisco: “As vocações sacerdotais constituem um ‘problema grave’ e ‘a Igreja terá de resolvê-lo’. O Papa disse: rezai! Isto é o que falta: a oração. E falta o trabalho com os jovens, que procuram orientação” (1).



A violência é epidêmica e os jovens são o maior grupo de risco. Na América Latina, a taxa de homicídios de homens de 15 a 24 anos chega a 92 por 100 mil habitantes, quase quatro vezes a média regional.


Jovens de 22 a 29 anos de idade, predominantemente do sexo masculino, são também os principais perpetradores de crime e violência, de acordo com o relatório que foi divulgado pelo Escritório do Economista-Chefe para a Região da América Latina e Caribe do Banco Mundial.


O estudo– “Stop the Violence in Latin America: A Look at Prevention from Cradle to Adulthood” (Eliminando a Violência na América Latina: Perspectiva da Prevenção do Berço à Idade Adulta) – examina políticas inovadoras de prevenção da violência que têm demonstrado capacidade de reduzir comportamentos antissociais e padrões de criminalidade em jovens e adultos. O estudo também mostra o complexo panorama da violência na região.


“Por mais sombrias que sejam as estatísticas globais e regionais, as histórias de sucesso como as de Medellin, Cali e Diadema enviam uma mensagem clara: com as políticas corretas e um compromisso de longo prazo com a redução da criminalidade, a violência juvenil urbana pode ser prevenida”, disse Markus Kostner, gerente de práticas de desenvolvimento social do Banco Mundial para a região da América Latina e do Caribe.

“Temos precedentes testados pelo tempo para comprovar que estratégias bem formuladas concentradas na prevenção produzem resultados tangíveis e duradouros”.


Questão de saúde pública



As intervenções mais eficazes tratam a violência epidêmica com uma crise da saúde pública. Inspiradas em grande parte pela epidemiologia, as políticas bem-sucedidas examinam a violência como um fenômeno alimentado por uma combinação de fatores de risco decorrentes de circunstâncias individuais e sociais, incluindo estar exposto à violência doméstica durante a infância, alta desigualdade, sistemas e políticas deficientes e falta de oportunidades de emprego, entre muitos outros elementos. A violência geralmente surge quando vários desses fatores interagem em combinações que podem variar de um país a outro e até mesmo de uma cidade à outra.


“Essa é a razão pela qual as estratégias de prevenção da violência são quase sempre multissetoriais e de contexto específico”, disse Chloë Fèvre, especialista sênior em desenvolvimento social do Banco Mundial. “Precisam também ser sensíveis ao gênero e colocar os jovens na frente e no centro: quanto mais cedo na vida esses fatores de risco puderem ser neutralizados, maiores serão as possibilidades de êxito.”


Tomar medidas contra a violência é um imperativo do desenvolvimento. A violência endêmica se traduz em menor produtividade, piores indicadores de saúde e altos custos de segurança. O custo cumulativo da violência é alarmante – atingindo até 10% do PIB em alguns países – com consequências negativas de longo prazo sobre o desenvolvimento humano, social, econômico e sustentável.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma taxa acima de 10 homicídios por 100 mil habitantes como característica de violência epidêmica. Isso significa que em muitos países a violência tem realmente atingido proporções preocupantes(2).


Uma politica epistemológica, com a ciência da religião e um investimento sólido e progressivo em prol da juventude, teríamos um resultado excelente e o futuro tomado por benefícios familiares, eclesiais e sociais. Dentro desse contexto a abissal ternura e a elegância que devemos doar e viver pela causa dos jovens. Oração e ação é a nossa missão!


Frei Inácio José do Vale



Notas:

(1)http://www.snpcultura.org/papa_fala_de_homens_casados_celibato_crises_de_fe_cristicas_e_populismos.html



(2)https://nacoesunidas.org/em-relatorio-banco-mundial-alerta-para-alta-violencia-na-america-latina-e-caribe/

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