BRINCADEIRA E VIDA FELIZ

O intelectual escritor inglês G. K. Chesterton, foi poeta, filósofo, dramaturgo, jornalista, teólogo, literário e crítico de arte, disse: “A inteligência humana só se desenvolve através da brincadeira”.

As brincadeiras expandem a mente e a imaginação, treinam os músculos e os instintos e acrescentam imensa alegria e felicidade à vida. Brincar é uma atitude inerente a todos os mamíferos. Não podemos perder o espírito de criança e o prazer das brincadeiras!

O renomado dramaturgo, romancista e jornalista irlandês George Bernard Shaw disse sobre G. K. Chesterton: “Era um homem de gênio colossal”.

G. K. Chesterton é bem conhecido por seu personagem de ficção, o sacerdote-detetive Padre Brown e pela sua fundamentada apologética. Mesmo alguns daqueles que discordam dele reconhecem o grande intelecto de obras como Ortodoxia e O Homem Eterno.

G. K. Chesterton escreveu de forma consistente demonstrando inteligência e senso de humor. Ele empregou o paradoxo ao fazer comentários sérios sobre o mundo, governo, política, economia, filosofia, teologia e muitos outros tópicos.

Em G.K. Chesterton, o senso de humor e a brincadeira estão impregnados de intelectualidade, criatividade e apologética para o bem da vida, da alma e da razão.

O célebre médico neurologista austríaco Dr. Sigmund Freud afirmou: “Brincando pode-se dizer de tudo, até mesmo a verdade”.

Nada é tão educativo e salutar do que sadias brincadeiras. Empreender inteligentes brincadeiras é ser mestre em prol do bem-estar integral do ser humano.

A palavra brincar, etimologicamente falando, vem do latim e tem como radical a palavra “brinco”, que significa, na sua raiz morfológica, “vinculu / vinculum”. Brincar, portanto, constitui-se numa atividade de ligação ou vínculo com algo em si mesmo e com o outro. Brincar significa aprender, encantar, se divertir e crescer com experiência e maturidade. Brincar fomenta laços de profunda amizade e ternura.

O casal criativo

O casal precisa ser criativo nas relações íntimas com brincadeiras inovadoras, atrações sedutoras que proporcionem prazeres ardorosos. Sedução rima com paixão, ardor rima com o calor do amor e a criatividade com a relação renovada de felicidade! Brincadeiras criativas na intimidade do casal propiciam fortalecimento no relacionamento, amizade; inspiram sabedoria, conhecimento para a evolução da libido, para beleza do afeto, da carícia e para a arte romântica! O lúdico é arte, poesia, pedagogia, harmonia e saúde para o corpo e mente. O casal desfruta gozos infinitos com a magia do lúdico. 

Lúdico é um adjetivo masculino com origem no latim “ludos” que remete para jogos e divertimento. O divertimento para o casal é uma atividade lúdica que lhe dá prazeres imensuráveis. O conceito de atividades lúdicas está relacionado com o ludismo, ou seja, atividades relacionadas com jogos e com o ato de brincar. Esse ato de brincar é tomado de simplicidade, espontaneidade, engraçado, alegria, imaginação e criatividade. Tudo se realiza na medida da satisfação de forma progressiva, ou seja, o fazer inspira novidades profundas e os encantos do fogo da paixão são revelados para fogueira do amor. Nesse jogo o casal sempre ganha!

Dr. Inácio José do Vale

Psicanalista Clínico, PhD

Qualificado em Psicologia Clínica e Educacional

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea/RJ.

Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica