segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

TEORIA DE SONHOS

 

TEORIA DE SONHOS

Apesar de termos tanta familiaridade com os sonhos, poucos fenômenos são tão complexos quanto eles. Em uma existência de 75 anos, os sonhos correspondem a nada menos que 5 anos completos.

Ao sonhar nos tornamos capazes de fazer novas associações para resolver tarefas simples ou complexas. Crenças tanto antigas quanto atuais atribuem importância ao conteúdo dos sonhos. Os sonhos são estudados por várias ciências principalmente pela neurociência e neuropsicanálise.


Teorias de sonhos e intérpretes de sonhos existem há séculos. Os mais importantes estudiosos dessa matéria são: Sigmund Freud, Alfred Adler, Carl Jung e Fredrick Pers.


Sigmund Freud (1856-1939), foi professor, pesquisador, cientista, médico neurologista austríaco e criador da psicanálise. Sua influência na cultura popular é tão grande que em vários idiomas existe a expressão "Freud explica" ou "Nem Freud explica" quando estamos diante de uma situação para a qual não se encontra razão aparente.


Sigmund Freud revolucionou o estudo dos sonhos com seu trabalho “A interpretação dos sonhos”. Freud começou a analisar sonhos para entender aspectos da personalidade relacionados à patologia.


Ele acreditava que nada do que fizemos ocorreu por acaso; cada ação e pensamento é motivado pelo nosso inconsciente em algum nível. Para viver em uma sociedade civilizada, tendemos a reprimir nossos impulsos e impulsos.


Mas esses impulsos e impulsos têm um meio de vir à superfície em formas disfarçadas. Tem que ser liberado.


Alfred Adler (1870-1937), formou-se em medicina, psicologia e filosofia pela Universidade de Viena. Praticou clínica geral antes de se dedicar à psiquiatria. Em 1902 foi trabalhar com Sigmund Freud, realizando pesquisas no campo da psicanálise.


Alfred Adler: A visão dos sonhos de Adler era de que eles eram um caminho aberto em direção aos nossos verdadeiros pensamentos, emoções e ações. Em seus sonhos, você é capaz de ver claramente seus impulsos e desejos agressivos. Adler via os sonhos como uma maneira de compensar demais suas deficiências em sua vida de vigília.


Por exemplo, se uma pessoa é incapaz de enfrentar seu chefe, ela pode atacar com raiva seu chefe em um sonho. Assim, os sonhos oferecem algum tipo de satisfação que pode ser mais aceitável socialmente.


Carl Gustav Jung (1875-1961), foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica. Jung propôs e desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na psiquiatria, psicologia, psicanálise, ciência da religião, literatura e áreas afins.


Carl Jung: No começo, Carl Jung estudou com Sigmund Freud. Mas, eventualmente, suas opiniões divergentes sobre os sonhos causaram uma grande divisão e cada um seguiu caminhos separados.


Como Freud, Jung acreditava na existência do inconsciente. No entanto, ele não viu o inconsciente como animalesco e instintivo. Ele via isso como mais espiritual e os sonhos eram uma maneira de revelar e nos familiarizar com o inconsciente.


Ele não necessariamente viu sonhos como tentativas de esconder nossos verdadeiros sentimentos da mente desperta. Eles serviram para guiar o eu desperto para alcançar a integridade. Sonhos ofereceu uma solução para um problema que você está enfrentando em sua vida de vigília.


Frederick Perls (1893-1970), mais conhecido como Fritz Perls, foi um psicoterapeuta e psiquiatra alemão, junto com sua esposa Laura Perls, desenvolveu uma abordagem de psicoterapia que chamou de Gestalt-terapia.


Gestalt é uma palavra alemã que indica "dar forma", ou seja, um processo, uma formação. A Gestalt-terapia, tem como base, várias teorias do conhecimento humano. "Quase não existe uma esfera da atividade humana onde a investigação de Freud não tenha sido criativa, ou, pelo menos, estimuladora", disse Perls.


Perls acreditava que os sonhos contêm as partes rejeitadas e rejeitadas do Eu. Cada personagem e cada objeto em um sonho representa um aspecto de si mesmo. Assim, ele rejeitou a noção de que a imagem do sonho era parte de uma linguagem simbólica universal. Cada sonho é único para o indivíduo que sonha.


Aprendizado


O sonho é essencial para o bom funcionamento do nosso cérebro. “Sonhar é uma ferramenta cognitiva importantíssima”, diz o neurologista Sérgio Tufik, diretor do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo. Alguns pesquisadores afirmam que o sonho é fundamental à nossa sobrevivência. Em um artigo que tem o título sugestivo de A Reinterpretação dos Sonhos, o psicólogo Antti Revonsuo, da Universidade de Turku, na Finlândia, afirma que os sonhos parecem simular ameaças reais que ocorrem no nosso cotidiano. E isso, segundo ele, foi vital para a sobrevivência da nossa espécie – ao sonhar com ameaças, o homem primitivo tinha muito mais chances de se defender em um ambiente hostil. “Se as pressões seletivas sobre a nossa espécie diminuírem ainda mais, o fenômeno do sonho lúcido pode ser usado de forma corriqueira como ferramenta de aprendizado”, diz o cientistas brasileiro Sidarta Ribeiro, da Universidade Duke, nos EUA.


Conclusão


“A interpretação dos sonhos é o real caminho ao conhecimento das atividades inconscientes da mente”. Essa frase foi escrita pelo criador da psicanálise Dr. Sigmund Freud em seu livro "A Interpretação dos Sonhos", lançado no dia 4 de novembro de 1899 (datado de 1900) obra que consolidou os principais fundamentos da sua teoria psicanalítica. No trabalho de Freud, a interpretação do sonho se tornou um método para formular hipóteses sobre o sentido de determinados sintomas psicológicos, tais como fobias, neuroses obsessivas e a histeria, trazendo luz, por exemplo, sobre os fenômenos psicóticos e os atos perversos. Para Freud, a essência do sonho se traduzia na realização de um desejo infantil reprimido. É nessa obra que apresenta suas ideias inéditas sobre os sonhos - "caminho para o conhecimento do inconsciente"- explicando de onde eles vêm, por que ocorrem, como funcionam.



Para Freud, o inconsciente era como a parte de baixo de um iceberg, sendo o consciente o lado visível. A psicanálise serve justamente para a ‘apropriação’ dessa parte de baixo. Quando a pessoa toma conhecimento do que é produzido no inconsciente, ela consegue transformações em prol da sua saúde física e emocional pela terapia psicanalítica. Somos mais influenciados por nosso inconsciente do que podemos imaginar.


"Meu inconsciente cria fantasias que minha mente sã nunca ousaria imaginar", afirmou Freud.


Dr. A. Inácio José do Vale

Psicanalista Clínico, PhD

Professor e Conferencista

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea/RJ. E da Ordem Nacional dos Psicanalistas/RJ.

Fonte:

https://dreammeanings.net/blog/the-original-dream-team/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_gestalt

https://super.abril.com.br/historia/os-sonhos-decifrados/

http://monitoriajakfarias.blogspot.com.br/p/historia-da-psicanalise.html

ROZA, Luiz Alfredo Garcia. Freud e o inconsciente. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

FREUD, S. A Interpretação dos Sonhos – Edição Comemorativa – 100 anos. 1. ed. Rio de Janeiro: Imago, 2001.

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