sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

O SUICÍDIO DE ROBIN WILLIAMS

 


O SUICÍDIO DE ROBIN WILLIAMS

(Saiu no YouTube um comentário sobre a vida e a morte desse autor. Quem estiver interessado, use este link: https://youtu.be/aqwuDufZOhM )

Robin Williams, rico, famoso e ator com filmes humorísticos cometeu suicídio em 11 de agosto de 2014. Ele tinha um histórico de problemas com álcool e outras drogas assim como depressão diagnosticada. No filme “Gênio Indomável” (1997), que lhe rendeu seu único Oscar.


O jornalista Dave Itzkoff, do New York Times, escreveu um livro sobre a vida de Robin Williams. Na obra intitulada “Robin”, ele faz revelações que surpreenderam muita gente, comprovando que o ator já dava muitos sinais de depressão e tendências suicidas, mas ninguém quis enxergar. Ou, talvez, ninguém conseguiu ver isso com transparência. Seu suicídio deixou o mundo chocado.


A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo. São 800 mil suicídios por ano, dos quais 65 mil acontecem aqui na “região das Américas”, disse Katia de Pinho Campos, coordenadora da Unidade de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS/OMS no Brasil, lembrou que o suicídio é um grave problema de saúde pública e que sua prevenção é uma prioridade para a OPAS/OMS. “Coibir essas mortes evitáveis é tarefa de todos nós. 


No Brasil, 25 pessoas dão fim à própria vida por dia e para cada uma dessas que conseguiu cumprir seu objetivo, outras 20 tentaram sem sucesso. O Brasil se encontra na oitava posição dos países que contabilizam o número de suicídios, segundo divulgado em 2014 pela OMS. No entanto, segundo os dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos.


Suicidas geralmente são pessoas que sofrem com algum transtorno mental como depressão ou têm algum tipo de dependência química como alcoolismo. O suicídio é o fim da linha. É o recurso ao qual recorrem àqueles que já não suportam mais conviver com seus fantasmas.


O suicídio é na realidade um sintoma perigoso de uma sociedade que se recusa a falar abertamente sobre problemas tais como solidão, ansiedade, depressão, drogas, síndrome do pânico e esquizofrenia. 


QUEM TEM MAIOR RISCO DE COMETER SUICÍDIO?


O grupo mais sujeito a cometer suicídio no Brasil são homens com idade entre 15 e 34 anos. Apesar disso, para cada homem que tira a própria vida, há três mulheres que tentaram e não conseguiram. Isso acontece porque os suicidas do sexo masculino geralmente usam métodos mais diretos como o emprego de armas de fogo, enquanto as mulheres optam por meios que proporcionem menos dor, como ingestão de remédios.


CAUSAS MAIS COMUNS DE SUICÍDIO


Depressão e drogas


Suicídio e depressão andam de braços dados. Cerca de 15% dos pacientes severamente deprimidos dão fim à própria vida. Se você ainda não sabe identificar um caso da doença, leia este post aqui. Boa parte dos casos de suicídio está associada ao uso indiscriminado de álcool e outras drogas psicoativas.


Doenças mentais


Entre as causas mais comuns de suicídio está a doença mental. Algumas delas são transtorno de ansiedade, doença bipolar, esquizofrenia ou depressão.


Trauma


Qualquer tipo de experiência traumática pode levar uma pessoa a se sentir desamparada, culpada e / ou envergonhada. Vítima de abuso físico, abuso sexual ou algum ou outro trauma pode causar transtorno de estresse pós-traumático, que por sua vez pode levar a suicídio.


Bullying


A maioria das pessoas que sofre bullying enquanto cresce ou anda na escola. O bullying pode ter um efeito profundo na maneira como as pessoas pensam e como se sentem. A maioria das pessoas que sofrem acabam se sentindo extremamente deprimidas, sem valor e sem esperança de mudar sua situação.


Isolamento Social ou Solidão


Estar socialmente isolado da pode prejudicar a saúde mental e considerar o suicídio. Socializar e interagir com outras pessoas é uma necessidade humana básica. Se as necessidades sociais não forem satisfeitas, uma pessoa pode começar a sentir-se sozinha, o que leva à depressão e, possivelmente, a pensamentos suicidas. A solidão é definida como um sentimento geral de tristeza como resultado de estar sozinho ou se sentir desconectado dos outros.


COMO TRATAR QUEM TENTOU COMETER SUICÍDIO


Buscar urgente ajuda de profissionais como psicólogo, psiquiatra e fazer análise é fundamental nestes casos. É importante que o profissional perceba o grau de entendimento do paciente sobre o conceito de morte. Como exemplo: a gravidade, a motivação e o grau de consciência do ato suicida, intensidade e persistência da ideação suicida. 


Devem-se evitar atitudes de dizer que é pecado, o diabo, carma; jamais criticar, censurar e julgar. A bela atitude é de acolhimento, de cuidado, de amor, carinho, ternura e afeto. Tudo isso proporciona maior expectativa de uma evolução satisfatória e libertadora.


De acordo com OMS, 90% dos suicídios poderiam ter sido evitados caso algumas medidas sejam tomadas, com informações, identificação dos riscos, locais preparados para atendimento e tratamento com medicação e psicologia. Um dos principais recursos que temos é dialogar claramente sobre o suicídio com os nossos adolescentes e jovens.


10 de setembro é Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio.


Dr. A. Inácio José do Vale

Psicanalista Clínico

Professor e Conferencista

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea/RJ. E da Ordem Nacional dos Psicanalistas/RJ.

Visite o nosso Blog:

https://psicanalise682.wordpress.com/2018/02/28/a-busca-da-saude-mental-contra-o-suicidio/

Fontes:

https://pt.aleteia.org/2018/05/14/os-ultimos-dias-de-robin-williams-o-comediante-cuja-vida-era-uma-tragedia/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

https://nacoesunidas.org/suicidio-e-grave-problema-de-saude-publica-e-prevencao-deve-ser-prioridade-diz-opas-oms/

https://blog.zenklub.com.br/suicidio-tudo-que-deve-saber/

https://www.contioutra.com/por-que-uma-pessoa-se-mata-entenda-o-suicidio/

http://emais.estadao.com.br/blogs/luciana-kotaka/vamos-falar-sobre/

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