segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

 

Prevenção do Suicídio

Se você está em crise, existem opções disponíveis para ajudá-lo a lidar com seus problemas. Você pode falar com alguém, ou um profissional para obter ajuda. Falar, desabafar é o princípio de tudo para encontrar a solução do problema.

Todos nós podemos ajudar a prevenir o suicídio. Compreender as questões relativas ao suicídio e a saúde mental é uma forma importante de participar na prevenção do suicídio, ajudar outras pessoas em crise a se livrar de tal atitude. Comunicar os nossos traumas, dramas e desafetos significa solicitar e receber proteção, carinho, segurança, amizade, conhecimento e uma nova configuração de vida.

Procurar ajuda

Você não tem que lidar com a crise por conta própria. Aquele em quem você escolhe confiar podem fornecer incentivo e ajudá-lo em uma crise.

Seu mundo

Você faz parte de um todo maior e você é importante. Você pode se sentir menos isolado quando está mais conectado aos outros. Considere juntar-se a um grupo de interesse, ser voluntário, ter aulas diferentes ou começar um novo hobby.

Suas redes sociais

As redes sociais é um lugar para compartilhar como você está se sentindo e ouvir as histórias de outras pessoas que sentiram o mesmo. Conectar-se a pessoas através da tecnologia pode ajudá-lo a lembrar que você não está sozinho e pode encontrar outras pessoas com interesses semelhantes.

Sua comunidade

Que você seja participante em sua comunidade, na escola, na igreja, num clube, numa obra social ou numa equipa, ter um grupo de pessoas que encorajem a procura e apoio de ajuda é um dos aspectos mais importantes da prevenção do suicídio.

Seu círculo de confiança

Relacionamentos com amigos, familiares e outros significativos, construídos com confiança e companheirismo, são fatores de proteção contra pensamentos e comportamentos suicidas. É importante encontrar as pessoas em sua vida que você sempre pode confiar, sentir-se à vontade e entrar em contato a qualquer momento. Cerque-se de pessoas positivas, sábias que o motivam você ser melhor.

Conclusão

Somos seres movidos por amor, à vida só tem sentido na dimensão do amor, daí o nosso espaço interior ser ocupado com afeto, ternura, carinho, caricia e toda delícia do mais belo dos sentimentos que é o amor. Não tenhamos medo de falar da nossa carência afetiva e dos nossos sentimentos. É o poder do amor que sustenta a nossa jornada, causa de inspirações triunfais e de comunhão com o nosso semelhante.

Dr. A. Inácio José do Vale

Psicanalista Clínico, PhD

Professor de Pós-Graduação na Faculdade Norte do Paraná

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea/RJ. E da Ordem Nacional dos Psicanalistas/RJ.


Prevenção ao Suicídio

10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

O tema escolhido para o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio para os anos de 2019 e 2020 é: "Trabalhando juntos para prevenir o suicídio". O objetivo é, primordialmente, mostrar que ao fazermos parte de uma comunidade global precisamos ter a coragem de nos envolvermos uns com os outros para difundir a conscientização sobre sua prevenção.

Todos os anos, o suicídio aparece entre as 20 principais causas de morte no mundo, para pessoas de todas as idades. Só ele é responsável por mais de 800.000 mortes - o que equivale a um suicídio a cada 40 segundos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil são quase 12 mil casos por ano. O Brasil é o quarto país latino-americano com o maior crescimento no número de suicídios entre 2000 e 2012, segundo relatório da OMS. Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes – alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens.

Toda vida perdida representa um parceiro, um filho, um pai, um amigo ou um colega de alguém e para cada suicídio, aproximadamente 135 pessoas sofrem intensamente. Para cada suicídio, 25 pessoas fazem uma tentativa e muitas mais pensam seriamente nele. Isso equivale a 108 milhões de pessoas por ano sendo profundamente afetadas pelo comportamento suicida.

O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que acredita ser letal. Também fazem parte do que habitualmente é chamado de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio.

É um comportamento com determinantes multifatoriais, resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Dessa forma, deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado de forma causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É a consequência final de um processo.

São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão*, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias. Com esses números, o suicídio encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo.

Como ajudar?

Para ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, como:

Ouvir, demonstrar empatia e tranquilidade;

Ser afetuoso e dar o apoio necessário;

Levar a situação a sério e verificar o grau de risco;

Dialogar sobre tentativas de suicídio e pensamentos negativos;

Explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional;

Conversar com a família e amigos imediatamente;

Remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;

Contar a outras pessoas, conseguir ajuda;

Permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;

Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;

Aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;

Demonstrar amor, carinho e cuidado constante.

Recursos da comunidade e fontes de apoio

Para pessoas com pensamentos suicidas, os primeiras recursos ou fontes de apoio são:

Família;

Amigos e colegas;

Unidades de saúde: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial);

Profissionais de saúde: médicos, psicólogos, psicanalistas, psiquiatras, enfermeiros e agentes de saúde.

Centros de apoio emocional: CVV (Centro de Valorização da Vida), ligue para o 188.

Grupos de apoio.

Conclusão

A prevenção do suicídio não se limita à rede de saúde, devendo ir além dela, sendo necessária a existência de medidas em diversos âmbitos na sociedade, que poderão colaborar para a diminuição das taxas de suicídio. A prevenção deve ser também um movimento que leve em consideração os aspectos biológico, psicológico, político, social e cultural, no qual o indivíduo é considerado como um todo em sua complexidade.

A disseminação de informação educativa é elemento essencial para a prevenção ao suicídio. Outra forma de grande importância na prevenção ao suicídio é o diálogo. Escutar, dialogar e a empatia são fundamentais para acolher e preservar dom da vida! Dentro dessa configuração há mecanismos para assegurar a continuidade da vida na beleza do amor, da arte, da poesia, da música e de novos horizontes como a psicoterapia, a espiritualidade e a pedagogia revelativas dos sonhos para a felicidade e triunfos colossais!

Dr. A. Inácio José do Vale

Psicanalista Clínico, PhD.

Qualificado em Psicologia Clínica e Educacional

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea-SBPC.

SBPC é reconhecida e cadastrada na Organização das Nações Unidas – ONU - (United Nations Department of Economic and Social Affairs).

Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica  

 

Fontes:

http://bvs.saude.gov.br/ultimas-noticias/3031-10-9-dia-mundial-de-prevencao-do-suicidio

http://www.crmdf.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21316:pravida&catid=3

https://www.vittude.com/blog/setembro-amarelo/

Durkheim, Émile. O Suicídio. 3º. ed. Lisboa, Portugal: Editorial Presença, 1982 

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