Armadilha do Inconsciente

Devidos atuação dos nossos traumas construímos cadeias, ficamos presos nelas e a dificuldade de libertação fica cada vez mais difícil quando nós afundamos nas crises existenciais e não damos conta que somos responsáveis por essa problemática e o pior de tudo é não procurar ajuda.

Há muita gente que no campo mental gerou monstros e vive torturado por eles como: vampiros emocionais, são pessoas que, inconscientemente ou não, têm a capacidade de roubar a energia e a alegria das pessoas ao seu redor, criando um mal-estar no convívio. O monstro do carrasco são pessoas verdugas que se autoflagelam interna e externa e faz com seus subordinados e quem ela pode realizar suas atitudes violentas. O lobo são indivíduos que se veste de peles de ovelhas para passar como pessoa boazinha e depois devorar suas presas. Esse tipo de monstro é bem evidente na área religiosa. E o monstro denominado a Síndrome de Lúcifer que é o monstro da soberba, da exaltação, do ser pernóstico, quer ser o centro das atenções, carente de autoafirmação, ganancioso e vive da infidelidade causando infelicidade dos outros. Os luciferianos são de uma rebeldia radical e são perseguidores implacáveis.

São esses monstros que destrói a saúde, impedem as relações amorosas, de fazer amigos, não obtém a felicidade, a prosperidade e nem alcança o sucesso digno e duradouro. 

A pior prisão é a mental, sua escravidão é uma tortura cujo labirinto se encontra na armadilha do inconsciente. 

O inconsciente humano carrega elementos instintivos que não se tornaram conscientes, além de material que foi censurado ou reprimido pela consciência. Muitas questões emocionais mal resolvidas ficam no inconsciente. Então, quando você tem ódio de alguém, por exemplo, e não consegue lidar com isso, a situação é jogada para o inconsciente, como se estivesse fora do seu ambiente consciente, mas você acaba tendo resultado desse sentimento ruim nas suas atitudes. No inconsciente estão depositados medos, motivações egoístas, impulsos sexuais inaceitáveis, desejos irracionais, impulsos violentos e experiências infantis traumatizantes.

Os atos inconsequentes, incoerentes e inconvenientes procedem do inconsciente quando este carrega traumas, recalques, frustrações, ou seja, os dramas da vida não tratados pela psicoterapia. Daí a necessidade de fazer sessões psicanalíticas. 

Afirmou o renomado psiquiatra austríaco e médico neurologista Dr. Sigmund Freud: “O nosso inconsciente cria fantasias que a nossa mente sã nunca ousaria imaginar”.

Pelas estimativas dos especialistas, a consciência ocupa no máximo 5% do cérebro. Todo o resto, 95%, é o reino do inconsciente. 

 Não é fácil fazer importantes mudanças em nossas vidas quando não queremos e quando estamos condicionados a continuar doentes e adoecendo os outros. O vício do mau costume, a necessidade de viver o inferno e infernizar a vida dos outros são prisões dificílimas de serem destruídas. 

Muitas pessoas vão continuar assim pelo resto da vida sofrendo com seus monstros e sem buscar tratamento, sem ajuda de terceiros que poderiam encaminhá-las ao tratamento e sem a farmacologia como meio de neutralizá-las.

A única pessoa que pode querer escolher e decidir o melhor pra você é você mesmo! É claro que em sã consciência, às vezes, deixamos que outras pessoas influenciem nossos pensamentos naquilo que é bom, mas na verdade somos nós que decidimos pensar, sentir e agir da melhor maneira possível em prol do nosso bem-estar físico e mental. Nada pode se comparar uma vida com a qualidade da saúde física e emocional. Viver bem consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor não tem preço! Felicidade é a paz interior em amar e ser amado.

Dr. A. Inácio José do Vale

Psicanalista Clínico, PhD

Escritor e Conferencista

Professor de Pós-Graduação na Faculdade Norte do Paraná

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea/RJ. E da Ordem Nacional dos Psicanalistas/RJ.