sexta-feira, 15 de março de 2024

SUICÍDIO CRESCE NO BRASIL

Suicídio cresce no Brasil em 11 anos

O Brasil teve mais de 147 mil suicídios entre 2011 e 2022, apontou um estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard (EUA) e do Cidacs/Fiocruz Bahia (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz).

A pesquisa, publicada no periódico The Lancet no dia 15 de fevereiro, também mapeou casos de automutilação, quando a pessoa tenta amenizar o sofrimento psicológico por meio de ferimentos físicos e que, com o tempo, podem levar à tentativa de suicídio.

É a primeira vez que uma pesquisa organiza dados das duas ocorrências e de internações relacionadas a elas no Brasil. Esse mapeamento ajuda a planejar políticas de combate ao suicídio, um problema de saúde pública por aqui e no mundo.

Flávia Jôse Alves, uma das autoras do estudo, explica que os dados vão ajudam a nortear políticas públicas. "É importante a possibilidade de acessar essas informações e de tê-las públicas. Fazer pesquisa com esses dados ajuda a ciência a pensar estratégias de prevenção baseadas em evidência", afirma a psicóloga e pesquisadora do Cidacs/Fiocruz Bahia e da Escola de Medicina de Harvard.

Aumento entre jovens. Notificações de automutilação e hospitalizações foram maiores entre pessoas mais jovens (faixa etária de 10 a 24 anos), enquanto as taxas de suicídio foram maiores entre idosos e adultos. Mas esse último índice tem crescido entre jovens, acompanhando as taxas globais.

Brasil na contramão dos dados mundiais. A taxa global de suicídio caiu, enquanto subiu nas Américas, com foco especialmente no Brasil —uma tendência já apontada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Diferenças por gênero. Mulheres lideram as taxas de autolesão, e os homens as de suicídio, também seguindo as taxas mundiais —o suicídio foi quase quatro vezes mais frequente em homens, e as autolesões duas vezes mais frequentes em mulheres.

Olhar social sobre o suicídio

O estudo reforça como fatores socioeconômicos influenciam nos índices. Essa linha de pesquisa indica como as condições de vida favorecem o suicídio entre minorias.

"O aumento do suicídio e das automutilações podes sugerir maior exposição a fatores de risco, como o aumento da prevalência de transtornos mentais, com impactos diretos nos serviços de saúde, e associação com fatores socioeconômicos, como aumento da desigualdade social e da pobreza", escreveram os autores.

Procure ajuda

Caso você tenha pensamentos suicidas, procure ajuda especializada como o CVV (www.cvv.org.br) e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil. (Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2024/02/23/estudo-suicidios.htm).

Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.

Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.

Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.

Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).

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